quinta-feira, 14 de março de 2013

Mulher triste

,,Não existe nada mais perigoso do que uma mulher muito linda e um pouco triste. Não deprimida e nem mal-humorada: um pouco triste. Ela é linda, ela sabe disso. Mas isso a ovaciona grandeza. Ela vai além das aparências, mas a tristeza sempre tem algo por trás, algo nunca dito, isso a torna vivida, fraca ou poderoza. E ela poderia ser dona do mundo, dos homens, mas não. Ela conhece bastante da vida, é uma moça vivida, simsó pode, conhece os prazeres do amor, dos prazeres da carne, e principalmente conhece os desgostos que a vida trás. Ela poderia conseguir o que quisesse, talvez nem saiba o poder que tem, mas basta um simples sorriso, ou um olhar triste demonstrando fragilidade. Isso basta, parece que tudo chora, tudo se torna um vazio. E a carne é fraca, fraca demais para aguentar.

Ricardo Gomes

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Machismo.


 Hoje acordei mais cedo, preparei um chimarrão, estava  com a cabeça com aquele saudável hábito de reflexão matinal como, "o que fazer da vida", "qual o propósito dela", e "como alcançar a felicidade". Não tive absoluta vontade de fazer mais nada além de ficar em meus pensamentos, refletindo e analisando qual rumo deveria tomar daqui pra frente.  Logo lembrei-me de que antes de acordar tive um conflito entre o sono e o despertar.
Sabe quando você acorda de um sonho bom e tenta dormir novamente para retomá-lo?  Ou sonha com aquela garota tanto desejada e tenta voltar ao sonho para tê-la novamente em seus braços? Uma vez ouvi um psicólogo dizer que quando sonhamos demasiadamente com coisas boas, é por que “nossa vida não está tão boa assim” que precisamos ao menos gerar prazer ao cérebro  em sonhos.  

Durante a vida levantamos e caímos novamente para retornarmos a levantar. Como dizia Mohammad Ali “no boxe, mais do que bater você precisa saber apanhar”. Uso isso como um dilema na vida. Acredito que escolhas erradas possam ser mudadas, e desistir de algo que te faz bem gera muito mais tristeza do que ao menos ter tentado corrigir o erro. 
 Acredito que o homem é diferente da mulher. Que o homem, sim, pensa mais em sexo, tem mais testosterona, está condicionado geneticamente a procriar, multiplicar a espécie, e blah, blah, blah! Somos como o caçador observando a caça a cem metros. Observamos o cabelo, o olhar, se ela vai dar um sorriso e tenho que admitir, olhamos todas as bundas, é automático.
 Mas existem dois tipos de homens, o primeiro é o "canalha" que é aquele que sai por aí atirando para todos os lados, e em tudo que é feminino e lhe atrai o olhar. Sem ética alguma, engana as mulheres e não as respeita, no entanto é um dissimulado. O segundo é aquele que em primeiríssimo lugar ama a mulher sobre todas as coisas, é um bom marido, bom namorado e amante, a respeita e não age por mal. Esse é o que mais "se fode" infelizmente.
 Eu estou na intermediária pendendo mais para o lado do 2° homem, fadado a ter várias batalhas como as do boxe de Mohammad Ali, caindo e levantando novamente para apanhar de novo. Mas percebi uma coisa que nós homens as vezes não aprendemos.   Jogamos futebol, bebemos exageradamente, saímos com os amigos, falamos sobre mulheres e somos um tanto idiotas várias vezes. Então entendi que o cara mais idiota é aquele que não sabe perceber a mulher amada, aquela que para você é a mais gata, a mais meiga, a mais gostosa, a mais fogosa, e que é a mesma que está ali para você no momento certo te observando e esperando todos os dias prometendo juras de amor eterno.

Ricardo Gomes.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

As coisas que preciso dizer.


 Tenho andado distraído e impaciente, certas atitudes infantis vem acontecendo pela minha vida que quando tento fechar os olhos logo vem o pensamento como se fosse uma bomba destruindo tudo que se vê pela frente, não é preciso nem dizer que perco o sono. Viro-me para um lado e para o outro, as vezes tenho uma vontade imensa de sair correndo gritando o teu nome e chegar na sua porta e dizer o quanto tu és importante para mim.
  Mas nem tudo é tão simples assim, erramos uma duas vezes e não aprendemos, só quando percebemos o quanto isso nos faz mal e que estamos a ponto de perder o que se é precioso é que damos valor. Demorei pra entender que não é preciso ter provas dos sentimentos, logo hoje quando te vi chorando foi quando percebi como eu te quero tanto. 
 As vezes sou egoísta demais, babaca demais e infantil demais, mas também sou carinhoso e atencioso, e isso deve valer algo, nem que seja um pouquinho, tudo que eu escrevo agora é para tentar desabafar um pouco e também é para a pessoa que me faz muito alegre, que és tu mesmo, e embora eu mereça um castigo te peço que não faça isso pelo menos dessa vez. hehe. Estou te sentindo tão longe...mas eu só te quero perto. Só quero que tu fique bem.
 "Você não compreendeu que o ciúme é um mal de raiz e que ter medo de amar não faz ninguém feliz, então não se surpreenda se uma outra mulher nascer em mim, como no deserto uma flor, e compreender que o ciúme é o perfume do amor", linda essa frase do Vinícius de Moraes, principalmente essa passagem  “como no deserto uma flor” ou seja no deserto não há flor.
 Só te peço que me compreenda e leia com atenção, veja, pense, e perceba o que estou tentando dizer. Nunca quis estar em clima tenso contigo e nem desejo perder assim a princesa do meu castelo. A nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar, e até lá, vamos viver, temos muito ainda por fazer, não olhe para trás apenas começamos. 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Cotas.



O Legado de Castro Alves.

  Deus! O Deus! Onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrela tu te escondes? Como já dizia Castro Alves em seu lindo poema (vozes d’ África) mostrando toda a sua sensibilidade com a questão da escravidão em tempos de outrora no Brasil.
  Em seu poema Castro Alves coloca-se como se fosse a própria África reclamando piedade de suas irmãs traidoras que seriam a Europa e América. Diferente do senso comum com o argumento de que “as cotas só diferenciam mais os negros e índios dos demais” existe uma questão histórica muito além do inimaginável de algumas pessoas.
 Tempos difíceis em que seres humanos eram vendidos feito animais irracionais, como se fossem desprovidos de qualquer tipo de sentimento. Ora é um passado sim, mas um passado que reflete até hoje a desigualdade social em nosso país claramente desigual.
  Em um país como o Brasil que reclama os ideais da revolução francesa, liberdade, igualdade e fraternidade o ideal seria que todos os estudantes, ricos e pobres, negros e brancos tivessem as mesmas oportunidades para se preparar para ingressar na universidade, mas como isso é um fato impossível no Brasil, nada mais justo do que existir políticas compensatórias apesar das controvérsias, embora não devam ser vistas como soluções permanentes para as disparidades.

Ricardo Gomes.


domingo, 29 de abril de 2012

Sobre os reality shows.


República da Irrelevância.

 Troca-se caráter por dinheiro, é o que a mídia nos proporciona a cada ano com o seu principal reality show da televisão brasileira (BBB). De consumismo intelectual senão é zero está próximo. No entanto o principal pensamento que me vem à cabeça é de que seria ótimo que a imprensa pudesse viver de coisas nobres e pudesse entregar a sociedade conteúdos relevantes que ajudassem aos cidadãos saírem da lama da ignorância. Mas será que esses prezados cidadãos querem isto? Creio que não.
  Cheguei a triste conclusão: O povo gosta do barraco. O cérebro brasileiro foi atacado aos poucos por essa imprensa da lama que do irrelevante nos proporciona uma verdadeira política do pão e circo. Ora se tivéssemos um infindo tempo e não existisse coisas mais importantes aguardando nossa atenção não haveria mal algum assistirmos BBB, discutirmos BBB e lermos sobre o BBB. Quando deixamos a imprensa definir para nós o que é importante damos a ela o poder de decidir como vamos ocupar o nosso tempo.
 Nessa selva que é o século XXI o que mais me assusta é a “ética dos resultados” de Maquiavel que tomou conta de nossa sociedade, trocamos pessoas por dinheiro e como já disse caráter por dinheiro, é o que temos visto na televisão e por fim adoramos ver pessoas traírem seus valores morais fingindo muitas vezes serem o que não são.
 Outra questão é de que os principais canais da televisão brasileira nos proporciona a falsidade e não a realidade de nosso país, “a mesma ideia de que não se tem gente feia no BBB é a mesma de que não se tem gente pobre em novelas”. Não gostamos de gente feia e não gostamos de gente pobre.  Por fim devemos analisar realmente como estamos aproveitando o nosso tempo e se esse consumismo de reality shows nos proporciona algo para o presente ou futuro. E feliz daqueles que enxergarem no fim do túnel a luz do conhecimento.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Charge polêmica em Santa Maria.


 A Charge publicada no diário de Santa Maria em 3 de Janeiro de 2012 com o tema "Busca por moradia começou mais cedo", provocou polêmica entre leitores e virou tema de redação. (http://wp.clicrbs.com.br/bastidoresdodiario/2012/01/21/o-fim-da-polemica-com-a-charge/charge-3-de-janeiro.jpg
  Elias nos mostra a realidade social, logo a de que um estudante do curso de medicina tem na sociedade um status maior de que um estudante de Educação Física ou um fisioterapeuta. Como a história já nos mostra, quem tem um nível social maior tem mais oportunidades de obter as "melhores profissões", ou seja, as que recebem o melhor salário.
  Não que um cidadão da classe baixa não possa cursar medicina, mas a desvantagem é extremamente maior seja pela educação, seja pela dificuldade de obter conhecimento por não ter no decorrer de sua vida um estudo adequado para conseguir passar em um concurso de tal nível.
  Muitos aprovados do curso de medicina tem como padrinhos de sua educação alguém com uma boa renda que possa pagar os seus estudos seja um, dois, três ou até mesmo cinco anos após o ensino médio. O que resta para candidatos com menor posição social são os cursos menos concorridos e com os menores salários. Claro que isso não é uma regra, mas é um fato relevante que nos mostra o quão grande é a desigualdade e a falha do capitalismo.
  O ser humano é movido pelo dinheiro e levado a crer em pessoas com maior influência na sociedade. A realidade é a de que acreditamos muito mais na palavra de um médico do que a palavra de um professor de educação física. Para mudar essa realidade e a forma do pensamento pode "não" ser impossível, mas tempos de outrora nos mostram o quão longa e demorada pode se tornar essa mudança.


Ricardo Gomes.

quinta-feira, 1 de março de 2012

CRIADOR OU CRIATURA?


Será a verdade cômoda?
Será a verdade incômoda?
Será a verdade filha da necessidade
e por isso mãe da realidade?
Será o homem uma criação de Deus
ou Deus uma criação da humanidade?

Criador ou criatura?
Tutor ou tutelado?

Talvez cego lesado
levado a crer no que precisa
para aceitar o que não pode ser mudado

Criador ou criatura?
Inocente ou culpado?

Talvez a verdade seja uma questão de ponto de vista
e a mentira um ser mutável
que igual à larva da borboleta com o tempo torna-se aceitável
Ficando a critério de cada um escolher a sua verdade,
A mais agradável.

Jarbas Leite.